Meu amor na vida, sem vida eu fico aqui
Desde que à partida, meu Zé, fiquei sem ti
Bem peço aos retratos : socorro
São mudos, ingratos, vem tu senão morro
Nem mesmo a saudade me traz consolação
Quero uma verdade não quero uma ilusão
Na alma ainda me dói, meiga a tua voz
Quando o barco foi tão mau p’ra nós
Até quando ao longe a bruma a pairar
Se consuma entre as ondas do mar
E os céus
Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Dá-lhes carinhos que partem ceguinhos
de amor pelos teus
Sei que tu existes e sei também meu Zé
Que há palavras tristes e que uma delas é
A que me tortura, a distância
Nem sei se há mais dura na minha ignorância
Há palavras belas mas quase as esqueci
São, noivado, estrelas, altar e outras pra aí
Quando as ouvirei todas, oh Jesus ?
Hoje apenas sei estas sem luz
Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Até quando ao longe a bruma a pairar
Se consuma entre as ondas do mar
E os céus
Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Dá-lhes carinhos que partem ceguinhos
de amor pelos teus
Adeus, quem sabe alma querida
Adeus, se é por todfa a vida ?
Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Dá-lhes carinhos, que partem ceguinhos
de amor pelos teus
Dá-lhes carinhos, que partem ceguinhos
de amor pelos teus
Poema de José Galhardo - Música de Raul Ferrão
http://youtu.be/c6A1HN7ldEw
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